Um legendário à saída de Trento (Frei Diogo do Rosário, 1567)

Cristina Sobral
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Depois do Flos Sanctorum de 1513, o primeiro legendário per circulum anni que se publicou em português foi a Historia das vidas e feitos heroicos e obras insignes dos sanctos (Braga, Antonio de Mariz, 1567). Apenas quatro anos passados sobre o encerramento do Concílio de Trento e antes mesmo do breviário reformado (1568), o novo legendário foi cometido por Fr. Bartolomeu dos Mártires, Arcebispo de Braga, Primaz das Espanhas e assistente em Trento, ao dominicano Fr. Diogo do Rosário, com o explícito objectivo de substituir as «historias das vidas dos sanctos» que andavam «impressas em vulgar» e que continham «algu~as cousas muy incertas e apocriphas» (Fr. Diogo do Rosário, no «Proemio»). Procura-se mostrar alguns dos critérios que presidiram à constituição deste legendário, avaliar as relações que ele estabelece com a tradição medieval e hispânica representada pelo Flos Sanctorum de 1513 e saber em que medida foram acolhidas as recomendações de Trento e se elas se reflectem ou não num progressivo «estreitamento» do discurso hagiográfico ​
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